sexta-feira, 30 de abril de 2010

Aí eu olho pro futuro e sinto um arrepio frio percorrer minha espinha.
Me sinto deslocada. É como se a ficha de que a infância já acabou e que agora eu tenho que começar a zelar por mim não caisse.Ouço meus pais na sala e não me imagino longe deles,viver sem eles. Assim como não me imagino sendo qualquer outra coisa extremamente responsável e com deveres,horários e - eca - rotinas.
Sonho, imagino, me perco em desejos para o futuro.Me esqueço do principal: o destino é incerto.
E se eu não passar na faculdade? E se não conseguir um emprego em que eu vá bem? Mas, tentando ser otimista, e se eu conseguir e me mudar pra uma cidade diferente, sozinha? Eu nunca me virei sozinha. Nunca fui boa em lavar minhas roupas, nem em ir ao supermercado.Não sei comprar carne, odeio faxina, e não como nada saudavel.
O que vai ser de mim sozinha?
[...]
O tempo passa. Mesmo quando não percebemos ou fingimos não perceber.Não adianta manter as atitudes infantis: você já não é criança, e se portar como tal não vai fazer o tempo voltar. Por mais dificil que possa ser temos que aceitar que crescemos e agora somos responsáveis por nós. Não teremos nossos pais para o resto da vida, e se quisermos ser 'alguém na vida' temos que lutar. Não encaro passar o dia todo no computador e sair aos fins de semana lutar.Muito menos pegar no caderno apenas nas vésperas de provas.
Temos que aceitar logo que,agora e cada dia mais, vamos parecer mais com nossos pais: responsáveis, adultos. E quanto mais rápido mudarmos, melhor será para nós.
Aprender a se virar sozinhos, a cuidar de si mesmo, ser auto-suficiente.
Se o futuro será uma faculdade, uma profissão, fama ou trabalhar de vendedora o resto da minha vida não sei,assim como não sei se é aqui, ou lá, ou acolá, ou qualquer outro lugar, nem se é perto de minha familia ou distânte.
Mas pretendo lutar pelo futuro que quero.

Iza Costa

1 comentários:

@rayraduarte disse...

muuito bom, como sempre *----*

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