quinta-feira, 15 de abril de 2010

Destino.

Então cansada de esperar que o destino resolvesse as coisas ela resolveu agir por si mesma.Sem pensar nas consequências, na reação de seus pais, ou o que poderia acontecer partiu.Partiu levando todo o pouco dinheiro que tinha na mochila.E na mochila o essêncial.Só o necessário pra uma pequena fuga de um mundo que não lhe agradava mais, uma fuga pra descobrir até onde ia seu mundo real e o imaginário.
Lápis preto nos olhos, cabelo amarrado em rabo de cavalo,fones nos ouvidos, passagem no bolso, mochila nas costas, um pedaço mal cortado de papel com um endereço escrito em tinta preta meio borrada e um rumo ainda incerto,assim entrou naquele ônibus e se foi.
Não esperava nada, porque esperar é o caminho mais curto pra decepção.Também não sonhava nada, porque queria algo real.Já nem pensava na loucura que fazia porque remorso não estava nos seus planos.Aliás ela não fazia planos, ela se jogou de encontro ao acaso e apenas pediu pra que ele tivesse compaixão por ela, somente torceu pra que ele lhe reservasse uma boa surpresa.
Deixou apenas a música falar em sua cabeça, não queria pensar, porque pensar ali no meio daquela confusão seria entrar em desespero, e se entrasse em desespero nada faria.
Fixou seus olhos na estrada que passava pelo vidro: tudo tão rápido.Um hora árvores, outra hora montanhas, lugares desertos, pequenas cidades, e mais carros com familias e caminhões com motoristas cansados que a faziam pensar que a qualquer momento algo poderia acontecer.
Como tudo passava rápido.Ontem ele era uma pessoa qualquer no mundo, que está distante e com quem não possui nenhum laço. Hoje ela se rebelava contra tudo e todos e ia ao seu encontro...

Continua.

Iza Costa

0 comentários:

Postar um comentário